1ª Visita Técnica, Primeiro Distrito parte 01: urbano, Forqueta, 3ª Légua e Galópolis
CompartilharRoteiro da primeira visita técnica inclui a área urbana, Forqueta, 3ª Légua e Galópolis
A primeira das oito visitas técnicas que integram o projeto "Caxias do Sul: história e cultura nos distritos" foi intensa, repleta de informações e com alto astral. Os participantes percorreram uma série de lugares, aprenderam e se divertiram. Esse projeto, que começou com um seminário realizado em junho, é financiado pela Lei de Incentivo à Cultura (LIC) de Caxias do Sul, com apoio cultural de Metadados, L. Fomolo, Hotel Blue Tree Towers, Fercien Inovação e Gestão de Ativos, Angeza e Sorvetes Urca.
Após ouvirem historiadores e outros especialistas que foram fontes no livro “Caxias do Sul: história e cultura nos distritos”, os participantes do seminário começaram o roteiro pelo município no dia 8 de julho. Nesta primeira visita técnica, eles percorreram alguns lugares da área urbana e as regiões de Forqueta, 3ª Légua e Galópolis. O objetivo é que eles vejam in loco alguns lugares citados no livro e tenham, também, a oportunidade de ouvir algumas histórias contadas pelos próprios protagonistas. Durante os trajetos, como forma de complementar a experiência, a idealizadora do projeto e coautora do livro, Marivania Sartoretto, enviou textos, mapas e materiais de pesquisa pelo WhatsApp.
A primeira parada da visita foi a Praça da Bandeira. Caxias do Sul foi habitada por indígenas, essa área da cidade é o local sugerido como responsável pela identificação da presença indígena e pelo primeiro nome dado a esse território: Campo dos Bugres. Parar lá para conversar um pouco tem um enorme valor simbólico, já que reconhece a presença e o legado deixado pelos indígenas. Neste link, você encontra diversos materiais a respeito da vida deles por aqui.
Dali, a caravana seguiu para o bairro Charqueadas, que tem esse nome justamente por ter abrigado uma charqueada no passado. Nós falamos mais sobre ela neste conteúdo on line. Esse bairro fica dentro do território que um dia foi a sesmaria Feijó Junior, uma grande área de terras que ele recebeu por conta da missão para reconhecimento das terras que mais tarde receberiam os novos imigrantes.Durante a circulação por essa área da sesmaria, que ficava onde hoje está parte do bairro Rio Branco e seguia até Nova Milano, em Farroupilha, os participantes da visita receberam uma série de conteúdos que ampliam o seu conhecimento.
Saindo da área urbana, o roteiro seguiu para Forqueta, com uma passada no Colégio Francisca Xavier Cabrini. Nesse trecho, foram enviadas informações sobre a escola, o parque Samuara e o Seminário dos Passionistas. Em Forqueta, a primeira parada foi no Mercado Croata, para ouvir algumas das histórias contadas por Eduardo Slomp. Além de relatar fatos que ocorreram naquela região, ele também mostrou uma imagem emblemática da construção da estrada de ferro, uma obra que foi determinante para o crescimento da localidade no início dos anos 1900. Ainda há resquícios do trilho, e o grupo chegou perto deles na praça de Forqueta, onde também ouviu sobre a história do Esporte Clube União Forquetense. Para saber mais sobre a chegada do trem por lá, em 1908, acesse este conteúdo.
É claro que boa parte da história e da cultura de um lugar é contada por meio da gastronomia, portanto, não poderíamos deixar de experimentar a famosa massa folhada feita pela Padaria e Confeitaria Forqueta. Uma provinha, acompanhada de um café, foi mais um momento marcante dessa visita. Algumas informações sobre a cooperativa Forqueta também foram passadas, e a história dela você encontra neste link, antes de seguirmos para o Cappeletti Burguer, um dos muitos estabelecimentos que fazem parte dos dias atuais de Forqueta. Por lá, os participantes ouviram as divertidas histórias da Dona Paulina, conheceram um pouco da trajetória do estabelecimento e tiveram informações a respeito do Roteiro Vale Trentino.
Depois do almoço, foi o momento de pegar a estrada novamente. A próxima parada da visita técnica foi a Igreja de São Virgílio, na 2ª Légua. Construída em 1880, é uma das mais antigas do município. Por lá, o grupo foi recebido pela Mari e pela Inês Bampi, pela Dona Wilma Bertotti e pelo seu filho, Irineu. Dona Wilma e o marido, Luis, foram os primeiros inscritos na Feira do Agricultor, um projeto que começou em 1979 e segue ativo até hoje em vários locais de Caxias do Sul. Nós falamos mais sobre isso, e também citamos algumas das histórias de Wilma, neste texto.
Na 3ª Légua,a próxima região visitada, o roteiro começou com informações da Cruz Missioneira, e a primeira parada foi na Pousada Bom Pastor, mantida pelas Irmãs Pastorinhas. O grupo foi recebido com música e teve a oportunidade de conhecer a capela e o bosque. A história dessas irmãs faz parte da trajetória desse região de Caxias do Sul e está detalhada aqui . Em seguida, os participantes passaram e receberam informações de lugares como o Museu Zinani, a Efaserra, a Igreja de São Pedro e São Paulo e a Estrada Rio Branco, hoje chamada de Estrada do Imigrante e responsável por nomear o Roteiro Turístico Estrada do Imigrante.
Na sequência, a caravana foi para as Casas Bonnet, um importante atrativo turístico localizado no Roteiro Estrada do Imigrante. Lucas Tonietto, um dos integrantes da família que mantém esse patrimônio, recebeu o grupo e mostrou as edificações, que foram erguidas no início da colonização italiana. Os imigrantes chegaram em 1875, e as duas casas preservadas são de 1877 e 1879. Se você quiser saber mais sobre elas e sobre o francês que a construiu, acesse este link
Dando continuidade à primeira visita técnica do projeto, o grupo passou pela entrada da Gruta da 3ª Légua, igreja Sacro Cuore di Gesú e Maria e seguiu até a Vinícola Tradição, onde os participantes aprenderam um pouco sobre o processo de fermentação da uva e também degustaram uma tábua de frios acompanhada por suco de uva e algumas variedades dos vinhos produzidos pela empresa. Um brinde especial foi erguido no varejo da vinícola para celebrar Caxias do Sul e suas riquezas culturais.
Chegando na última região desse longo dia, Galópolis, os integrantes do passeio conheceram todo o processo de produção adotado pela Cootegal. Um dos poucos lanifícios de lã cardada em funcionamento na América Latina, ele tem uma história que praticamente se confunde com a de Galópolis. Foi uma experiência enriquecedora, que permitiu acompanhar todo o percurso da produção — desde a chegada da matéria-prima, a lã, até a confecção do fio, do tecido e do produto final.
Dali, a penúltima parada foi na praça, em meio às casas da Vila Operária, para o recebimento de informações sobre o Inventário Participativo, transmitidas pela historiadora Geovana Erlo, e sobre o Museu de Território, apresentadas porAngela Marchioro Gazola. Para finalizar, foram escolhidos os famosos canudos da região, que atraem pessoas de todos os lugares. No Café Galópolis, o grupo degustou essa delícia e ouviu ainda sobre os demais negócios que seguem fazendo o “vale profundo” se desenvolver.
A próxima visita técnica acontece em agosto, e o roteiro prevê outros lugares da área urbana e a região de Ana Rech.
Secretaria Municipal da Cultura apresenta o projeto: Caxias do Sul: história e cultura nos distritos - Visita Técnica 01 - Primeiro Distrito parte 01: urbano, Forqueta, 3ª Légua e Galópolis
Organização e curadoria de conteúdo e apresentação: Marivania L. Sartoretto
Texto e fotos: Paula Valduga, Júlio Soares e Marivania Sartoretto
Data: 08 de julho de 2025
Projeto financiado pela Lei de Incentivo à Cultura (LIC) de Caxias do Sul com apoio cultural de Metadados, L. Fomolo, Hotel Blue Tree Towers, Fercien Inovação e Gestão de Ativos, Angeza e Sorvetes Urca.