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Barragem da Pasta em Vila Oliva

Barragem da Pasta em Vila Oliva

Propriedade particular, fechada para visitação.

Localizada na Estrada  Municípal Luiz Daneluz. No centro de Vila Oliva,  vá até o final da Avenida Gavioli, depois  siga a direita, alguns metros já vai conseguir visualizar.

Pode contemplar toda a represa pela estrada Luiz Daneluz que contorna a represa.

 



História  da Barragem da Pasta em Vila Oliva e filial da Cia Celulose  

Além de abrir um novo caminho para o transporte da madeira, a Ponte do Raposo, inaugurada em 25 de setembro de 1936, também foi a responsável por permitir que a Cia Celulose, de Canela, instalasse uma filial em Vila Oliva. Vendo que as serrarias viviam um bom momento e tinham muitos restos de madeira que sobravam, os empresários de Canela abriram essa unidade para transformar esses restos em uma pasta que servia de base para a produção do papel. Porém, para que os restos da madeira se tornassem essa matéria-prima, precisavam ser moídos, o que demandava energia. Por conta disso, junto com a filial da Cia Celulose, surgiu em Vila Oliva também a Barragem da Pasta. Depois de pronto, o papel era transportado para a matriz.

Dulce Prestes Muner, viúva de Orestes Muner, viu tudo isso muito de perto. Ela conta que mudou-se com o andar de baixo da unidade da Cia Celulose em Vila Oliva quando ele tornou-se funcionário. Eles ficaram lá por mais de 10 anos. “A água descia da barragem, para gerar energiae mover as máquinas que moíam os restos das madeiras. Eles se transformavam em uma pasta e, depois, viravam papel ou papelão. De lá, o material ia para Gramado, e depois para São Leopoldo, onde eram produzidos diversos produtos, incluindo papel higiênico”, detalha. Ele dirigiu a empresa por muito tempo e, mesmo depois de parar de trabalhar, ambos seguiram vivendo em Vila Oliva.

A filha deles, Romanita Muner Mazzotti, lembra de morar na área da pasta com os pais e da produção de papelão que acontecia a partir dos restos de pinus. “Meu pai ia nas serrarias buscar o material com o caminhão da empresa”, recorda. A moagem acontecia com a água que vinha das turbinas da barragem, depois era peneirada e se fazia o papelão. “O cilindro tinha uma fresta por onde passavam as folhas. Depois, eram colocadas em cabos de vassoura e iam para os secadores”, acrescenta.

Conforme Romanita, cada folha tinha mais ou menos o tamanho de uma mesa, eram amarradas e enviadas a Gramado. As lembranças dela incluem também deitar nos feltros que ficavam nos filtros dos cilindros, pois eram lugares macios. Ela diz que o papelão era muito bonito e que esse tempo da sua vida durou até o momento em que a fábrica foi vendida. Nesse meio tempo em que a Cia Celulose atuou em Vila Oliva, a barragem feita no Rio Manjolo precisou ser duplicada, porque a demanda foi crescendo.

Com o fim da era da madeira, a empresa foi desativada, e as suas últimas estruturas foram levadas por uma enchente. Quanto à Barragem da Pasta, ficou um longo tempo abandonada e, depois, foi comprada por um novo proprietário. Hoje, os lugar está conservado e conta com criação de ovelhas. Trata-se de uma propriedade particular, que não recebe visitantes, mas pode ser visualizada da estrada. Por conta disso, tornou-se um atrativo de Vila Oliva.

Localizada na Estrada  Municípal Luiz Daneluz. No centro de Vila Oliva,  vá até o final da Avenida Gavioli, depois  siga a direita, alguns metros já vai conseguir visualizar.Pode contemplar toda a represa pela estrada Luiz Daneluz que contorna a represa.  Propriedade particular, fechada para visitação.

 

Produção, organização e Curadoria: Marivania L. Sartoretto

Texto: Paula Valduga

Fotos: Marivania L. Sartoretto. Foto da Cia Celulose arcervo Renan Daneluz.

Ano: 2025

Referências

Depoimentos de Dulce Prestes Muner e Romanita Muner Mazzotti

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