Igreja São Pedro e São Paulo
Aberta somente nos horários de missa.
A 15 quilômetros do centro. Estrada asfaltada. Cerca de 30 minutos de carro. Roteiro permite passeios de bicicleta. Tem linha de ônibus 3ª Légua.
Belas paisagens, principalmente no período da colheita da uva - janeiro e fevereiro.
Conheça um pouco da história da Igreja de São Pedro e São Paulo
A atual igreja de São Pedro e São Paulo, na 3ª Légua, foi construída em 1910, substituindo uma antiga capela de madeira. Olga Mugnaga explica como era: “Onde fica o salão paroquial de São Pedro ficava a antiga igreja. A entrada da primeira igreja de São Pedro era embaixo da torre do sino".
Conforme registrado, quando aconteceu o primeiro batizado no tempo atual, foi realizada uma festa na comunidade. Os sinos recém comprados receberam uma bênção e a capela foi elevada à condição de paróquia. Há um relato de João Trentin sobre isso: “Em 1911, efui batizado em 27 de setembro. Benzeram o sino também, no mesmo dia, e botaram paróquia aqui. Antes de ser paróquia em Galópolis, aqui já era paróquia”.
Essa informação é confirmada no livro tombo da paróquia, que tem o registro da aquisição dos sinos em 1911. No maior dos três, constam os nomes das pessoas que estavam na Comissão de Fabriqueiros naquele ano. Eles foram registrados da seguinte forma: F. Merlotti, R. Tomazzoni, A. Viero, A. Mugnaga, A. Mariani e E. Trentin. Nos sinos, há também inscrições de orações em latim e informações sobre a fabricação: 1910, em Bassano, na Itália. A conta da compra deles foi paga pela comunidade, a partir da contribuição de muitas famílias.
Sobre o transporte deles até a 3ª Légua, existe um relato de Oscar Matté: "Sobre o sino [da igreja de São Pedro|, o que o falecido pai João Matte me passou, o sino veio para São Sebastião do Cai, e o falecido pai, e o Antônio Lazarotto e o Lorenço Nava trouxeram ele para a Terceira Légua, com três carretas, um sino em cada carreta. Na época eram carreteiros, eles trabalhavam com sete, oito mulas. Mas trouxeram os sinos com três carretas de duas mulas cada carreta só. Até a base de mil, mil e duzentos quilos podia botar naquelas carretas.”
A respeito da instalação, os moradores atuais contam uma história curiosa. No momento em que eles estavam sendo colocados na torre, ela começou a balançar. Para evitar que ela caísse com a vibração deles, foi decidido então baixá-los até a metade da torre, onde eles permanecem até os dias de hoje. Por conta disso, ela se tornou conhecida como “a torre do sino do meio”.
Para complementar a estrutura, em 1940, foi construído o salão comunitário, que fica em frente ao campo de futebol. Até essa data, os bailes aconteciam nos salões das maiores casas da localidade, como o salão dos Lorenzoni, o salão localizado onde fica a casa de João Trentin e a casa de Antônio Nava, que, na época, pertencia a um morador com o sobrenome Kinsner.
Fonte: Roteiros de Turismo e Patrimônio Histórico/Luiz E. Brambati (organizador) - Porto Alegre: EST Edições , 2002