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Casa de Comércio Noll, em frente ao moinho

Casa de comércio Noll: um presente de casamento para o filho

Uma casa comercial, conhecida também um armazém de “secos e molhados” foi outro empreendimento fundado por Pedro Noll às margens da Estrada Rio Branco. Com o moinho em pleno funcionamento, em 1893, ele decidiu dar de presente de casamento ao filho, Germano Noll, um estabelecimento de comércio. Na época com 22 anos, Germano casou-se com Maria Ullmann, que tinha 18 e era moradora do lote número 1 da Linha Cristina (na época, gravada como Linha Christina). Maria era uma imigrante nascida em Maffensdorf, região distrital de Reichenberg, na Áustria.

Contente com o enlace, Pedro mandou construir uma enorme casa comercial, localizada bem em frente ao moinho. Lá, os moradores da localidade encontravam  tecidos, armarinhos, chapéus, louças, utensílios domésticos, ferragens, cerveja gasosa e sal. Com esse novo negócio, as atividades comerciais foram ampliadas, e então o excedente de trigo, milho e banha dos colonos passaram a ser pagos com mercadorias. No livro Vila Cristina: História e Memória, de Germano Noll e Liliana Alberti Henrichs, publicado em 2016, há um relato de como funcionava o pagamento entre proprietários de negócios e clientes:

“Circulava pouco dinheiro, era verdadeiro escambo, cada colono tinha um caderno tipo conta corrente, onde poderia ficar inclusive o saldo positivo. Similar aos bancos.”

Pedro Noll morreu em 18 de abril de 1899, mas a ausência do fundador não impediu a prosperidade do negócio. No início do século 20, a demanda pelos produtos da casa comercial crescia muito devido à prosperidade do Lanifício de Galópolis, assumido por Hércules Galló, em 1904. Para você ter uma ideia da importância, em 1910, o lanifício estava na lista das 10 maiores empresas do Rio Grande do Sul. Bem no início dos anos 1900, havia sido aberta uma picada diretamente de Galópolis a Nova Palmira, e a nova rota estimulou a venda de produtos na casa comercial dos Noll.


Fonte: NOLL, Germano e HENRICHS, Liliana Alberti, Vila Cristina: História e Memória. 2016