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Ponte Do Raposo

Ponte Do Raposo

Localizada na divisa de Caxias com Gramado, no Rio Caí. 
Do centro de Vila Oliva até a ponte 12km.
O lugar é um caminho sem infrestrutura e serviços. Se for, leve água, lanche, protetor solar e repelente. Se resolver descer até o rio, o ideal é levar calçados confortavéis.

 



A Ponte do Raposo foi um marco para Vila Oliva

 

A ponte do Raposo foi um marco na trajetória da região, atual Distrito de Vila Oliva principalmente as serrarias que atuavam por lá, também era uma reivindicação dos tropeiros a muitos anos pois o caminho, no passado, foi rota dos tropeiros ( Paula acho interessante incluir no início também). Hoje um atrativo turístico, ela foi produzida na Alemanha, em aço Krupp e veio ao Brasil desmontada. A inauguração, em 25 de setembro de 1936, tornou muito mais fácil o escoamento de madeira até Porto Alegre. A sua reivindicação pelos madeireiros está diretamente ligada à chegada do trem a Gramado, em 1919, já que a locomotiva havia se tornado um meio mais fácil de enviar produtos para a Capital.

Antes de tudo isso acontecer, a operação era bastante complexa. Era preciso que o Rio Santa Cruz, que passa em Vila Oliva, tivesse um nível médio determinado para que os balseiros especializados levassem a madeira pela água até o Rio Caí, em São Sebastião do Caí, e, posteriormente, a Porto Alegre. Os madeireiros dependiam desse transporte para entregar o seu produto e depois voltavam a pé a Caxias do Sul, levando em torno de uma semana para chegar. Como era necessário um nível específico do rio Santa Cruz, quando havia secas e enchentes, as madeireiras não tinham como transportar seus produtos. Com a chegada do trem, se eles tivessem a ponte, iriam a Gramado e embarcariam a carga de lá até a Capital.

O movimento deu certo, mas havia complexidade também no transporte das peças da ponte. Primeiramente, os materiais chegaram até Gramado de trem e, depois, foram levados em carroças até o leito do rio, para finalmente serem montados. Conforme a historiadora Marilia Daros, a obra seria construída sobre dois encontros, num vão de 40 metros e com largura entre os montantes de 5,50 metros. O peso era de aproximadamente 800 quilos. A capacidade era para caminhões de carga de até 16 toneladas e ali existiu um dos primeiros pedágios da região, já que foi estabelecida uma concessão de 30 anos que previa valores de passagem diferenciados para carreta de quatro rodas carregada, carreta de quatro rodas vazia, carreta de duas rodas, automóvel, caminhão, cavalo, gado e pedestre.

Segundo o escritor Luiz Antônio Alves, a ponte fica no limite entre Caxias do Sul e Gramado e integra uma rota histórica de tropeiros. Além da reivindicação dos madeireiros, há registros, também, que o Major José Nicoletti Filho, em 1912, quando ele era Sub Intendente do 5º Distrito de Linha Nova Italiana - Região de Gramado, falava sobre fazer uma ponte neste local. O local da ponte fica no trajeto dos tropeiros que vinham da região de Santo Antônio da Patrulha e Taquara, passando pela região das hortênsias e posteriormente onde fica hoje o distrito de Vila Oliva. Parte deles seguia viagem até outra ponte, a do Korff, em Criúva, e seguiam para o centro do pais. 

Por estar ao lado da sesmaria Fazenda do Raposo, o lugar era conhecido por este nome, o que acabou resultando em uma nomenclatura popular para a ponte. Em registros oficiais, ela é citada com o nome de Ponte Major José Nicoletti. Porém, ele integrava o governo de Borges de Medeiros e, por aqui, havia uma grande quantidade de pessoas contrárias a Borges. Portanto, eles não aceitaram o nome de um governista e a chamavam de Ponte do Raposo. O nome pegou e segue até hoje.

Com o fim do ciclo da madeira, ela foi tendo o seu uso reduzido e hoje é um atrativo turístico, além de fazer parte do roteiro Caminhos de Caravaggio, por onde passam peregrinos. A manutenção é feita pelos municípios de Caxias do Sul e Gramado. É recomendado ter cuidado ao dirigir por lá e evitar épocas com muita chuva, porque a queda de barreiras é comum. Em 2024, ano da grande enchente no Rio Grande do Sul, caíram mais de 30 barreiras, o caminho chegou a ficar interditada por um longo período.

Recentemente, foi totalmente restaurada. Hoje, o caminho é verdadeira surpresa em meio a uma exuberante natureza. Muito verde, rochas e paisagem lindas. O caminho todo é de estrada de chão e com muitas curvas. Pessoas têm aproveitado o local para curtir a natureza, fazer piquenique, tomar chimarão, relaxar e sair da área urbana.

REFERÊNCIAS

ALVES, Luiz Antônio. A Ponte do Raposo. Caxias do Sul, 2011. Disponível em: https://www.fuj.com.br/?a=postagem&p=a_ponte_do_raposo_253 acessado em 02 abr. 2025.

Relatos de Luiz Antônio Alves e historiadora Marilia Daros

 

Em 1912, o Major José Nicoletti Filho apresentou a ideia da construção de uma ponte no lugar denominado Rapozo. Aquele trecho fora construído a casco de mulas e, com o tempo, foi alargado para a passagem de carretas com madeira. Contam que no passado era transportadas madeiras até o rio e colocado em barcas, aguardavam a chuva e com isso a cheia do rio para transportar as madeiras até Porto Alegre. (um ano teve seis meses de seca não sendo possível nesse período o transporte de madeira até a capital, ocasionando sérios prejuízos aos madeireiros e funcionários que ficaram sem receitas). 

Com a chegada do trem em Gramado, os madeireiros se reuniram e solicitaram ao presidente Getúlio Vargas a construção da ponte para ter acesso ao trem na cidade vizinha. Melhorando logística de transporte da madeira até a capital. A ponte foi toda projetada sob medidas para local onde foi instalada. Feita toda em aço Krupp, vindo desmontada da Alemanha, chegando a Gramado pela via férrea e depois pelas carroças até o local. Inaugurada em 25 de setembro de 1936. Foi um dos primeiros pedágios da região em que era cobrado para caminhões, automóveis, carroças e, inclusive, cavalos, gados e pedestres.

 

Com o fim da atividade madeireira na região, a ponte perdeu sua importância econômica e foi ficando em desuso.

Recentemente, foi totalmente restaurada. Hoje, o caminho é verdadeira surpresa em meio a uma exuberante natureza. Muito verde, rochas e paisagem lindas. O caminho todo é de estrada de chão e com muitas curvas. Pessoas têm aproveitado o local para curtir a natureza, fazer piquenique, tomar chimarão, relaxar e sair da área urbana.

Com o novo Aeroporto Regional de Vila Oliva esse caminho esta em estudo para ser pavimentado, sendo a principal via que ligara o aeroporto com as  cidades de Gramado e Canela.

O lugar é um caminho sem infraestrutura e serviços. Se for, leve água, lanche, protetor solar e repelente. Se resolver descer até o rio, o ideal é levar calçados confortáveis. O caminho até a ponte é de estrada de terra, com acentuado declive e curvas. Exige carro adequado e habilidade em diriguir em estradas com estas características.
Do centro de Vila Oliva até a ponte 12km

 

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