Museu da Família de Irineu e Bernardete Onzi preserva a história em Forqueta
Entrar no Museu da Família de Irineu e Bernardete Onzi é mergulhar não apenas na história dos imigrantes italianos, mas também na paixão que move o responsável por reunir todas aquelas peças. Além de reconhecer o valor histórico e salientar que guardou objetos que foram muito úteis para os antepassados, Irineu vê nesse acervo um grande valor sentimental. Não há data exata para a criação do museu, o que se sabe é que por volta de 2017, o casal decidiu organizar um lugar para os itens que vinha armazenando há muito tempo.
Bernardete conta que o marido sempre fez questão de guardar o que foi usado pelos integrantes da família que o antecederam. “Sempre tivemos casas grandes, então tinha lugar e ele não queria se desfazer. Costuma dizer que são peças que foram importantes para quem usou e guardam história”, conta ela. Ferramentas, garrafas, documentos, rodas, chaleira, utensílios domésticos estão lindamente organizados na propriedade onde eles vivem, em Forqueta. O lugar, inclusive, também é especial para Irineu, pois ele nasceu lá. “O meu marido nasceu na casa onde eu vim morar depois que casamos. Ele sempre viveu aqui, então foi guardando tudo que tem relação também com a sua vida”, explica.
Cada item tem a sua própria história. Os serrotes lembram o tempo em que tudo era cortado à mão, potes de barro dão uma ideia do que havia na cozinha, pipas rememoram à vinificação de outros tempos. Há máquina de costura, motores, peças de metal e uma infinidade de objetos que estão diretamente ligados à vida que se desenrolou naquela propriedade desde que o bisavô de Irineu, Giacomo Onzi, chegou da Itália. Além das ferramentas que representam o trabalho braçal dos imigrantes, há livros e fotografias que também ajudam a eternizar uma época.
Cumprida essa etapa de organização, agora Irineu e Bernardete estão organizando a visitação, que deve receber novos atrativos em breve. Não é possível chegar lá sem agendamento, então, a primeira coisa a fazer para ter contato com tanta história, é marcar horário. Depois, é só ativar os sentidos. Olhando as peças e ouvindo Irineu, você vai ter contato com objetos que mantêm viva parte da história da imigração italiana. Aproveite!