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Família Guerra

Família Guerra

Família Guerra: uma história preservada por quatro gerações
Família Guerra
Cerro da Glória - Vila Cristina - Caxias do Sul

Daniel Guerra é historiador e professor, mas o seu trabalho pela preservação do legado da sua família vai muito além da sala de aula. Aliás, dentro da sala foi o lugar onde ele menos ficou. O seu amor pela história é aplicado na propriedade onde nasceu e vive até hoje. “O meu bisavô, Giuseppe, era um dos filhos mais velhos do meu tataravô. Eles chegaram ao Brasil, vindos da Itália, em 1888, e fundaram a comunidade de São Martinho”, conta Daniel. A propriedade fica onde era a Sesmaria Feijó Junior, loteada por Luiz Antonio Feijó Júnior, um dos homens mais ricos da então Colônia Caxias, no final do século XIX.

Desde que aqui chegaram, os Guerra sempre cultivaram uva. E Daniel faz questão de continuar com esse trabalho e manter viva a trajetória da sua família. “Trabalhar com videiras, cuidar das uvas não é apenas um trabalho, tem um contexto histórico e social muito interessante por trás disso. A cada vez que vou trabalhar com as vinhas, lembro das histórias do meu nono, de como era o trabalho sem máquinas, usando carretas pra colher”, diz Daniel.

O avô, Alberto Guerra, contava muitas histórias, e o neto gostava de ouvir. A partir dessa relação, nasceu a vontade de permanecer na propriedade, mesmo com a formação para dar aula. “Essa propriedade começou com meu bisavô, passou para o meu nono e para o meu pai, Ivo Guerra. Agora está comigo e enxergo a importância de preservar o que foi feito por eles”, acrescenta Daniel. Essa preservação inclui também uma casa erguida pelo seu bisavô no início dos anos 1890. A construção está praticamente toda original, houve troca somente do telhado. “Ali era um entreposto comercial, uma espécie de armazém de secos e molhados. Como a estrada para o Vale do Caí passava na frente da nossa casa, foi montado esse negócio”, relata Daniel.

A intenção é que o lugar seja aberto para visitas posteriormente, já que a casa foi mantida com as características do armazém e está muito bem preservada. Porém, por enquanto, Daniel está totalmente ocupado no cuidado com as uvas niágara (branca e rosada), lorena e bordô. Ele produz para venda in natura para o consumidor final, portanto, na época da safra, é possível comprar diretamente na propriedade. Também fornece para a Festa da Uva e para vinícolas da região. Ele está concluindo o curso de Viticultura e Enologia e vem se especializando há anos no cultivo da uva e em gestão rural. “O turismo fica para mais pra frente”, projeta.

Até lá, você pode programar um passeio durante a safra para comprar a uva, conhecer a propriedade e ouvir as histórias que Daniel faz questão de preservar.